Informação sobre artrose, causas, sintomas e tratamento da artrose, com diagnóstico da artrose nos joelhos, mãos, coluna vertebral e anca.


Mostrando postagens com marcador artrose. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador artrose. Mostrar todas as postagens

Diagnóstico de artrose

Consulte o seu médico se achar que pode ter artrose. Vão-lhe perguntar sobre os seus sintomas e executar um exame às articulações e aos músculos. Para confirmar o diagnóstico de artrose, poderá precisar de fazer um raio-X às articulações afectadas. O raio-X utiliza radiação de energia alta para produzir uma imagem do interior do corpo, e pode mostrar até que ponto a sua doença está  avançada.
O raio-X pode mostrar a perda ou danos na cartilagem, danos nos ossos e osteófitos (formações ósseas causadas pela artrose). No entanto, o raio-X poderá não conseguir mostrar a artrose nas suas fases iniciais. Se o seu médico achar que os sintomas se devem a uma forma diferente de artrite, como a artrite reumatóide, também necessitará de fazer análises ao sangue.


Como se trata a artrose

Os médicos costumam combinar diversos tipos de tratamento que vão de encontro às necessidades de cada paciente, ao seu estilo de vida e saúde. O tratamento da artrose tem quatro objectivos principais:
  • Melhorar a função articular
  • Manter um peso corporal saudável
  • Controlar a dor
  • Alcançar um estilo de vida saudável
Os planos de tratamento da artrose podem envolver:
  • Exercício
  • Controle de peso
  • Descanso e cuidados na articulação
  • Técnicas de alívio da dor sem usar medicação
  • Medicamentos
  • Terapias complementares e alternativas
  • Cirurgia
Também pode ler:

Sintomas da artrose

Os sintomas de artrose variam, dependendo de quais as articulações afetadas e da sua gravidade. No entanto, os sintomas mais comuns são dor e rigidez, especialmente logo ao inicio da manhã ou depois de descansar. Articulações afetadas podem ficar inchadas, especialmente após a atividade prolongada. Estes sintomas tendem a permanecer ao longo do tempo, em vez de aparecerem de repente. Alguns dos sintomas comuns incluem:
  • Dor nas articulações ou rigidez, particularmente nos quadris, joelhos e parte inferior das costas, que ocorre depois de inatividade ou de uso excessivo.
  • Gama limitada de movimento ou rigidez que desaparece depois de realizar movimento.
  • Ouvir sons estranhos nas articulações.
  • Leve inchaço em torno de uma articulação.
  • A dor piora depois de realizar alguma atividade ou ao o fim do dia.

Forma de artrose

As formas de artrose podem afetar diferentes partes do corpo:
  • Ancas. A dor é sentida na área da virilha ou nádegas e, por vezes, no interior do joelho ou coxa.
  • Joelhos. Sensação de "grade" ou "raspagem" ocorre quando move o joelho.
  • Dedos. Crescimentos ósseos na borda das articulações pode causar inchaço e vermelhidão nos dedos. Pode ocorrer dor na base do polegar.
  • Pés. Dor e sensibilidade é sentida na grande articulação da base do dedão do pé. Pode haver inchaço nos tornozelos ou pés.
A dor, inchaço ou rigidez podem tornar difícil de executar tarefas comuns no trabalho ou em casa. Simples atos como aconchegar lençóis, abrir uma caixa de alimentos, segurar um mouse de computador ou dirigir um carro pode tornar-se quase impossível. Quando as articulações inferiores do corpo são afetadas, atividades como caminhar, subir escadas e levantar objetos pode tornar-se difícil. Quando articulações dos dedos e das mãos são afetadas, a artrose pode tornar difícil agarrar e segurar objetos, como um lápis, ou fazer tarefas delicadas, como o bordado.

Muitas pessoas acreditam que os efeitos da artrose são inevitáveis, pelo que não promovem qualquer procedimento que consiga ao menos gerenciá-los. Sintomas da artrose podem dificultar o trabalho, a vida social e a vida familiar, se não forem tomadas medidas para evitar lesões articulares, controlar a dor e aumentar a flexibilidade.

Este é um artigo do autor de Saúde com dieta.

Causas da artrose

A artrose ocorre quando a cartilagem, que permite o movimento suave das articulações, fica gasta e irregular, causando rigidez e dores na articulação afectada.
A causa exacta da artrose não é totalmente entendida, embora vários factores possam contribuir para o desenvolvimento desta doença. Por exemplo, a artrose é comum em pessoas com mais de 50 anos, e torna-se mais comum com a idade. Um tipo de artrose também pode ser genético.

Artrose pode afetar as mãos

Este tipo tende a afetar as mãos, sobretudo em mulheres após a menopausa.
A maioria dos outros tipos de artrose não é genético, embora algumas pessoas sejam naturalmente mais susceptíveis à doença. As pesquisas feitas à artrose mostram que a obesidade exerce uma pressão adicional sobre as articulações, sobretudo nos joelhos e nas ancas. A artrose também pode ser pior em pessoas obesas.
A artrose pode desenvolver-se numa articulação que tenha sido danificada por uma lesão, por uma operação ou por outros problemas.


Quem pode sofrer de artrose

Qualquer pessoa, de ambos os sexos, pode vir a sofrer de artrose, mo entanto, nota-se nítido predomínio no sexo feminino na época da menopausa, iniciando seus sintomas geralmente entre os 45 e 50 anos de idade.
Nos indivíduos do sexo masculino, o aparecimento dos sintomas da doença surgge um pouco mais tarde, em torno dos 60 anos. Entretanto, esta forma de artrose que atinge pessoas adultas pode, em certas condições, começar mais precocemente, por volta dos 30 anos, embora sua incidência aumente com a idade (não deve ser considerada doença do idoso). Ela é classificada como artrose primária, comprometendo articulações até então consideradas normais.
Existe outro tipo de artrose, chamada de secundária, que aparece em qualquer idade (geralmente nos jovens), ocorrendo em articulações previamente lesadas por outras doenças articulares ou endócrino-metabólicas, por trauma ou por defeitos congénitos da articulação.

A maioria dos adultos com mais de 55 anos de idade mostra evidências radiográficas de artrose, no entanto, a determinação de prevalência e incidência de taxas definitivas da artrose nos joelhos e quadril coloca problemas metodológicos. Vários fatores desempenham um papel importante no risco de contrair a artrose, incluindo idade, sexo, genética, influências comportamentais e etnia. Estudos elaborados compararam os dados do Estudo de Framingham com dados de estudos realizados em populações asiáticas e europeias. Uma série de tendências gerais destacaram-se, incluindo a verificação de uma maior prevalência em pessoas de idade avançada, tanto para artrose no quadril como para artrose nos joelhos, com maior prevalência e incidência em mulheres do que em homens.

A artrose é, provavelmente, a principal causa de incapacidade funcional entre adultos nos países desenvolvidos. Estimativas fiáveis da incidência e prevalência de artrose são difíceis de obter por uma série de razões, que incluem as diferenças nos critérios diagnósticos e variabilidade nas técnicas utilizadas para coleta de dados.


Como evolui a artrose

Radiologicamente, a artrose pode ser classificada em 4 estágios sucessivos.

Estágio 1 da artrose

No estágio 1 é o começo da artrose. Além de uma esclerose discreta, não se vê muito mais nas radiografias. Os sintomas clínicos são leves e aparecem e desaparecem em função das maiores ou menores cargas dos movimentos e da atividade. É importante o fato de que os sintomas clínicos variam muito segundo o uso da articulação, já que, ao contrário do que poderia se esperar, os movimentos sem carga (caminhar, nadar, etc.) são curativos e melhoram o estado da articulação.

Estágio 2 da artrose

No estágio 2 aparecem os sinais iniciais de certo deterioramento da mobilidade. A rigidez posterior ao repouso, ao iniciar o movimento, piora. Também há dor ao começar o movimento e perda de força (escadas, levantar estando de joelhos, etc). Nas radiografias aparecem os primeiros osteófitos finos e podem ser observados pequenos cistos subcondrais.

Estágio 3 da artrose

No estágio 3 há sinais de intensa inibição da mobilidade, em parte pela rigidez e dor de arranque e em parte por alterações físicas, tais como o estreitamento do espaço sinovial e o início da deformação articular. A força aparece limitada e pode haver inflamação, o que complica ainda mais o quadro. Normalmente se observam osteófitos e cistos nas radiografias.

Estágio 4 da artrose

O estágio 4 é a etapa final, na que desaparece a flexibilidade articular. O paciente se esforça para compensar a imobilidade articular. Há inflamação recorrente e descompensação muscular. Na radiografia aparecem osteófitos e cistos, e o espaço sinovial está muito estreito ou totalmente ocupado (contato entre ossos subcondrais).

É provável que, nas fases iniciais, a lesão da cartilagem possa ser completamente reversível, graças às capacidades de cicatrização das lesões, especialmente em pessoas muito jovens.
Uma vez que estas lesões se tornam significativamente estabelecida e, especialmente, depois de uma certa idade, será difícil para o corpo poder reparar estas lesões, e a artrose evolui para uma fase em que apenas piora, o que significa que haverá uma perda cada vez maior de cartilagem.
Esta perda de cartilagem evolui em 3 formas clínicas:
- uma deterioração lenta e progressiva ao longo de várias décadas;
- ou, por outro lado, uma deterioração muito rápida, levando à perda de cartilagem em 12 a 24 meses (isto é conhecido como artrite rapidamente destrutiva);
- ou uma forma intermediária em que a evolução é pontuada por períodos em que a artrite evolui muito rapidamente e outros períodos, pelo contrário, em que a artrite não evolui ou evolui muito pequeno.
A artrite não evolui de modo uniforme, e é imprevisível. Ela pode permanecer em silêncio por um longo tempo e não se manifestar, embora se possa verificar no raio-X que as articulações estão muito danificadas. Mas também podem piorar rapidamente ao longo de várias semanas ou meses, numa fase em que os raios-X mostram resultados quase normais. É este desequilíbrio entre dor e osteoartrite radiográfica que o torna difícil de entender e avaliar.


Artrose

A artrose (ou osteoartrose ou osteoartrite) é um desgaste prematuro e excessivo das camadas de cartilagem que cobrem o osso, as quais podem inclusive desaparecer completamente. Nos casos simples, esta perda de cartilagem pode ser detectada com raio X, que mostra a degeneração da cápsula articular. A ressonância magnética (RM) é melhor e mais precisa. As fases finais da artrose são acompanhadas de deformações articulares visíveis, por isso algumas formas se denominam artrose deformante. Ademais, devido ao estreitamento do espaço articular e a aparição de osso nas bordas, a mobilidade é cada vez mais limitada, o que pode chegar a provocar uma imobilidade quase completa da articulação.
A artrose apresenta exacerbações e remissões. Durante a fase inativa, a articulação não está nem inchada, nem dolorida, embora pareça muito menos resistente. As lesões adicionais e os esforços excessivos podem então desencadear a curto prazo um processo ativo ou inflamatório no qual predominam a tumefação e a dor, às vezes, até em repouso.

A artrose não é um termo comumente usado para descrever doença articular degenerativa. Para compreender plenamente o significado de artrose, é importante primeiro entender a anatomia da articulação. As extremidades dos ossos que fazem parte de um conjunto têm uma superfície lisa conhecida como o osso subcondral. Acima encontra-se a cartilagem articular que é um tecido conjuntivo flexível e forte que protege o osso, e que permite facilitar o movimento entre as superfícies, atuando como um absorvedor de choque. É esta cartilagem que faz parte da superfície articular e não o próprio osso. A articulação em si tem um revestimento sinovial (membrana sinovial) que segrega o fluido sinovial no espaço da articulação, que lubrifica as superfícies articulares e atua como um absorvedor de choque. Uma cápsula exterior assegura a articulação.

A cartilagem é um tecido conjuntivo flexível. As células de cartilagem são conhecidas como condroblastos que produzem e libertam grandes quantidades de diferentes substâncias, como colagénio, no interior da matriz extracelular. É esta matriz que é responsável pelas características de cartilagem ou seja, a sua resistência e flexibilidade. Por vezes, condroblastos estão presos dentro da matriz e, em seguida, são referido como condrócitos. A cartilagem está constantemente sujeita a ações de desgaste e de rasgar. Células de cartilagem, no entanto, reabastecem constantemente a matriz da cartilagem e, portanto, mantêm a integridade da cartilagem.

Com a idade, a capacidade para repor quaisquer tecidos diminui, embora não deixe completamente de ocorrer. Mesmo em pessoas mais jovens, a capacidade do organismo para repor o tecido é limitada pelo tempo. Se houver desgaste constante e excessivo, e desgaste da cartilagem articular que exceda o tempo de reabastecimento, em seguida, a cartilagem irá corroer. Esta é a razão por que a artrose é mais comumente vista em idosos e mais frequentemente em pessoas que são muito ativas. Existem também outros fatores que complicam ainda mais esta situação, como é o caso de mediadores inflamatórios que afetam a regeneração da cartilagem normal, embora haja pouca ou nenhuma inflamação da articulação. Da mesma forma, se houver alguma doença subjacente, o que atrasa ou interrompe a atividade das células da cartilagem, a cartilagem acaba por ficar inutilizada. Como se enfraquece a cartilagem, pedaços de cartilagem rompem e flutuam no espaço articular. O tecido ósseo é agora exposto ao mesmo desgaste como a cartilagem articular, mas não tem a flexibilidade e capacidade regenerativa. Ela é então destruída com o tempo e esta condição é conhecida como osteoartrite.


Conhecendo a artrose

Artrose refere-se a uma síndrome clínica de dor nas articulações acompanhada por diferentes graus de limitação funcional e redução da qualidade de vida. Artrose é a forma mais comum de artrite, e uma das principais causas de dor e incapacidade em todo o mundo. As articulações periféricas mais comumente afetadas são os joelhos, quadris e pequenas articulações das mãos. Apesar da dor, a função reduzida e os efeitos sobre a capacidade de uma pessoa em realizar suas atividades do dia-a-dia podem ter importantes consequências devido à artrose, sendo que a dor em si é naturalmente uma questão biopsicossocial complexa, relacionada em parte com as expectativas das pessoas, ficando associadas a mudanças no humor e sono. Ao contrário da crença popular, a artrose não é causada pelo envelhecimento e não se deteriora necessariamente. Há uma série de opções de gerenciamento e tratamento (tanto farmacológicas como não-farmacológicas), que oferecem intervenções eficazes para o controle dos sintomas e melhorar a função.

A artrose é caracterizada patologicamente pela perda localizada da cartilagem, remodelação do osso adjacente e a inflamação associada. Uma variedade de traumas podem desencadear a necessidade de um conjunto de auto-reparação Artrose inclui um processo de reparação lenta, mas eficaz, que muitas vezes compensa o trauma inicial, resultando num conjunto estruturalmente alterado mas sem sintomas. Em algumas pessoas, em virtude de um ou outro trauma esmagador ou reparação comprometida, o processo pode não compensar, resultando em eventual apresentação de artrose sintomática; podendo pensar-se numa "falha conjunta". Esta, em parte explica a extrema variabilidade na apresentação clínica e nos resultados que podem ser observados entre pessoas diferentes, e também em diferentes articulações na mesma pessoa.
A maior parte dos estudos concentraram-se na artrose do joelho, e são muitas vezes de curta duração, usando terapias individuais.


Tipos de artrose

Muitas vezes, as pessoas têm alterações que são manifestações de artrose, sem que se deem conta disso. Assim, os famosos “bicos-de--papagaio” e o joanete são alterações na maioria das vezes decorrentes de artrose, a despeito dos nomes populares.
Como exemplo de artrose, temos:
  • Artrose das mãos: são alterações nas juntas dos dedos, mais comuns entre a última falange e a falange do meio, mas também podem ocorrer entre a falange do meio e a primeira falange. Formam-se nódulos, geralmente dolorosos com pancadas mínimas, muitas vezes doendo mais pela manhã, ao acordar, além de apresentar inchaço e deformidades, com desvio dos dedos;
  • Artrose da coluna: aqui temos como forma muito comum os “bicos-de-papagaio”. São mais comuns nas regiões cervical (pescoço) e lombar, que são as de maior mobilidade da coluna;
  • Artrose dos joelhos e do quadril: são uma forma muito comum, principalmente em joelhos, causando muita dor, crepitação (estalos), deformidades, inchaço e são causa importante de dificuldade para locomoção. A artrose do quadril pode às vezes ocorrer de forma relativamente rápida e, em alguns casos, requerer a substituição cirúrgica da articulação do quadril por uma prótese.

Fatores de risco para artrose

A artrose é definida não como uma doença ou uma condição única, mas como uma "desordem complexa comum", com múltiplos fatores de risco. Estes fatores de risco são amplamente divididos em:
. fatores genéticos (estimativas de herdabilidade para artrose em mão, joelho e quadril são elevados, entre 40 e 60%, embora os genes responsáveis sejam em grande parte desconhecidos);
- fatores constitucionais (por exemplo envelhecimento, sexo feminino, obesidade, alta densidade óssea); e
- mais local, em grande parte fatores de risco biomecânicos (por exemplo, lesão articular, uso ocupacional/recreativo, redução da força muscular, frouxidão ligamentar, mau alinhamento articular).
É importante ressaltar que muitos fatores de risco ambiental/estilo de vida são reversíveis (por exemplo, obesidade, fraqueza muscular) ou evitáveis (trauma comum, por exemplo no trabalho ou durante o lazer), tendo implicações importantes para a prevenção primária e secundária. No entanto, a importância dos fatores de risco individuais varia, e, difere mesmo, entre locais comuns. Além disso, os fatores de risco para o desenvolvimento de artrose podem diferir dos fatores de risco para progressão e prognóstico clínico (por exemplo, alta densidade óssea é um fator de risco para o desenvolvimento, mas a baixa densidade óssea é um fator de risco para a progressão da artrose de joelho e quadril). Isto significa que o conhecimento, incluindo as propostas de tratamentos para a artrose não podem necessariamente ser extrapoladas para todos os pacientes, apenas pelo facto de resultarem para determinadas pessoas.

Combinações de tratamentos para artrose

Quais são os benefícios de combinações de tratamentos para artrose, e como estes podem ser incluídos em, algoritmos de custo/benefício clinicamente úteis para os cuidados a longo prazo?

A maioria das pessoas com artrose tem sintomas durante muitos anos, e ao longo deste tempo elas irão receber vários tratamentos, às vezes através da combinação de vários tratamentos. Isto pode envolver uma combinação de tratamentos não farmacológicos e farmacológicos, como o uso de uma bengala e a toma de analgésicos ao mesmo tempo. Talvez mais comumente, uma pessoa possa assumir diferentes analgésicos ao mesmo tempo (por exemplo, AINEs e opióides). No entanto, a maioria das evidências julgadas na artrose avalia apenas tratamentos simples, e muitas vezes esses estudos são de curta duração (por exemplo, 6 semanas). Torna-se necessário entender os benefícios de tratamentos combinados relevantes para locais anatômicos específicos de artrose (por exemplo, mão em comparação com o joelho) e entender se combinações particulares fornecem o benefício sinérgico em termos de alívio dos sintomas. Também é necessária uma compreensão de como as combinações de tratamentos podem ser incluídas em algoritmos, para utilização na prática clínica. Ensaios para abordar esta área podem necessitar de utilizar metodologias de intervenção complexas com avaliações econômicas de saúde, e irão necessitar de estratificar-se para co-morbidades que afetam o uso de uma intervenção particular.

Tratamento da artrose em pessoas muito idosas

Quais são os benefícios dos tratamentos não-farmacológicos e farmacológicos de curto prazo e de longo prazo para artrose em pessoas muito idosas (por exemplo, com 80 anos e mais velhos)?
Existem muito poucos dados sobre o uso de tratamentos farmacológicos e não-farmacológicos para artrose em pessoas muito idosas. Isto é altamente relevante, não só por causa do envelhecimento da população, mas também por causa da alta incidência de comorbidades na população - artrose pode ser um dos muitos problemas de saúde que afetam a função, e isso pode influenciar a adequação das opções de gestão. A aceitabilidade, a natureza e a definição de estratégias de exercício para essa população é uma das áreas sugeridas para um estudo mais aprofundado. Qualquer intervenção não farmacológica que implique uma redução na necessidade de tratamento à base de drogas, que possa ser demonstrada é desejável. AINEs são frequentemente contra-indicados em pessoas mais velhas, com co-morbidades (como insuficiência renal, cardiovascular ou intolerância gastrointestinal), pelo que as opções farmacológicas eficazes para este grupo de pessoas deve ser mais estudadas e aprofundadas. Estudos de resultados de diversos tipos de intervenção também são necessários para pessoas muito idosas, nas quais a cirurgia de substituição da articulação não é recomendada por causa dos riscos associados a co-morbidades.

A artrose e a artrite

Artrose é uma doença degenerativa em que a cartilagem das articulações é afetada pelo uso e desgaste, enquanto a artrite é uma doença inflamatória que afeta as articulações.

Artrite é um termo frequentemente usado para descrever um grupo de mais de 100 condições reumáticas.
Estas condições podem afectar as articulações, os músculos, os tendões e os ligamentos, bem como a pele e alguns órgãos internos. O seu médico será capaz de fazer um diagnóstico diferencial com base em exames de sangue e exames radiológicos. Vermelhidão, inchaço, dor e calor são alguns sinais inflamatórios associados à artrite que podem ser sentidos ao redor das articulações:
A artrose é uma doença degenerativa normal, associada com o envelhecimento. Afeta principalmente a cartilagem, que se torna áspera, irregular e desgastada. Esse desgaste da cartilagem pode causar dor, perda de mobilidade e perda de força muscular.
Você sabia que ao ficar ativo e fazendo exercícios regulares, você pode contribuir diretamente para a nutrição da cartilagem das articulações? A cartilagem, uma camada resistente que protege as extremidades dos ossos, tem movimentos para absorver nutrientes e para melhorar a lubrificação das articulações. Portanto, permanecer ativo pode ajudar a manter as articulações saudáveis.
Antes de embarcar num programa de levantamento de pesos ou começar a treinar para uma maratona, pode ser necessário o parecer de especialistas. Seja qual for a sua condição, artrite ou artrose, você pode consultar o seu médico, que pode prescrever alguns medicamentos para aliviar seus sintomas. Também é aconselhável procurar o acompanhamento de um fisioterapeuta para orientá-lo na escolha de suas atividades físicas. O fisioterapeuta irá avaliar a sua condição e definir um programa de exercícios adaptados às suas necessidades, bem como ajudá-lo a aliviar os sintomas com o uso de mobilizações conjuntas e agentes físicos, tais como correntes de ultra-som, calor e energia eléctrica.

Como encarar a artrose nos joelhos

A progressão da artose de joelho é a mais comum razão para substituição total desta articulação. A incapacidade física que resulta de dor e perda de funcionalidade articular reduz a qualidade de vida e aumenta o risco de morbidade e mortalidade. Pacientes com artose e dor em joelhos apresentam risco aumentado de fratura de quadril e outras fraturas não-vertebrais. Dor de joelho associa-se a risco aumentado de quedas em pessoas com mais de 65 anos, porém isso não explica o risco de fraturas. Tal risco não se reduz substancialmente ao ser ajustado por quedas, mas é atenuado por ajuste para uso de auxílio para caminhar. Dor e artose de joelhos podem ser considerados como fatores de risco independentes para fraturas. Artrose de joelho é importante fator de custo com saúde em sociedades industrializadas. Embora não exista cura para a artose, há recomendação de abordagem múltipla que envolva alternativas farmacológicas e não-farmacológicas até que a substituição total do joelho seja indicada. Muitas alternativas estão sendo estudadas, incluindo medicamentos para dor e outras finalidades e abordagens não medicamentosas. Para escolher abordagens de alívio, é importante considerar que o paciente atinja um estado em que se sinta bem, isto é, considere aceitáveis seus sintomas. Os pacientes reconhecem ser importante a melhora que os conduz a um estado que consideram como satisfatório. Um estado aceitável para dor é maior em condições crônicas do que nas agudas. O nível considerado satisfatório em relação à incapacidade funcional é maior nos pacientes com função mais comprometida do que nos que a têm menos comprometida.

Artrose nos pés

Como o pé tem um grande número de articulações, que sustentam todo o peso corporal, é muito comum a ocorrência de dor nos pés por artrose.
A artrose nos pés pode ser causada por vários motivos diferentes, entre eles, destacam-se a ocorrência prévia de fratura, o reumatismo, a idade avançada e as deformidades congênitas.
Os principais sintomas da artrose no pé são dor, perda do movimento e inchaço.
Existem algumas alternativas de tratamento para os casos de artrose nos pés, entre elas as principais são medicamentos especiais, fisioterapia, palmilhas sob medida e cirurgias.
As cirurgias para artrose, hoje em dia, são realizadas com técnicas menos agressivas, de recuperação mais tranqüila e rápida do que antigamente. Mesmo assim, a cirurgia é realizada quando as outras alternativas não proporcionaram alívio adequado.

Tratamento da artrose da Base do Polegar ou Rizartrose

Todos os tratamentos realizados para a rizartrose são voltados para a melhora da dor.
Isso porque a mobilidade da base do polegar é muito grande e os pacientes conseguem se adaptar a falta de movimento. Nas fases iniciais em que o paciente sente dor em alguns movimentos e em atividades específicas, está indicado o tratamento conservador (sem cirurgia). O tratamento sempre é definido fazendo uma correlação entre a quantidade de dor e incapacidade produzidas pela artrose com a gravidade do desgaste observado nas radiografias. A tentativa inicial de tratamento e o controle da dor com medidas para diminuir o processo inflamatório. O uso de gelo (10 minutos – 3 ou 4 vezes ao dia), antiinflamatórios não hormonais (AINE) e a realização de fisioterapia (Ultra-som e TENS) melhoram os sintomas sentidos pelo paciente.
Sabe-se que o processo degenerativo causado pela artrose provoca crises de dor, geralmente nos meses frios (inverno) ou após realizar um esforço físico com a mão afetada. Nessas crises está indicado o uso de uma tala removível de acrílico (órtese). Ela é feita por uma fisioterapeuta especializada e é modelada na mão do próprio paciente.
Ao contrário das talas compradas prontas, as tala de acrílico não imobilizam o punho e a ponta do polegar, deixando em repouso apenas a articulação afetada. Alguns médicos também se utilizam da infiltração intra-articular com Xilocaína e Cortisona. Tal procedimento é extremante útil, para o alívio das crises de dor. Porém deve ser realizado com cautela, não devendo ser feito de maneira repetitiva, pois age direto no tecido inflamado causando um desgaste ainda maior nos tecidos lesionados.
Como a artrose é uma doença progressiva com uma tendência a piorar com o passar do tempo, está indicado o tratamento cirúrgico para os pacientes que apresentem dor e dificuldade de realizar atividades com a mão após tentativa fracassada de tratamento sem cirurgia.
Na base do polegar já se tentou a colocação de próteses articulares, semelhantes às utilizadas no quadril e joelho, porém devido a grande mobilidade da articulação e a necessidade de força no polegar, os resultados de cirurgia com próteses ainda não são bons. A cirurgia clássica para o tratamento da Rizartrose chama-se Artroplastia de Suspensão. Nesse procedimento o osso trapézio é substituído por um tendão, que tem a função de funcionar como uma prótese. Ele vai estabilizar novamente o polegar e vai evitar o contato doloroso de osso com osso. Tal tendão é retirado do próprio polegar e o mais simples de ser utilizado se chama Abdutor Longo do Polegar. Esse músculo tem a função de abrir o polegar e o seu tendão geralmente já vem separado em três ou mais fitas. Então se retira uma dessas seo - usado em pacientes jovens com dor e instabilidade e com pouco desgaste), porém elas não são realizadas como rotina.

Sintomas da artrose nas mãos

O sintoma mais comum é a dor, localizada principalmente na porção dorsal e lateral da base do polegar. Ela piora com atividades que exijam o movimento de pinça com os dedos, como por exemplo, para abrir uma garrafa de refrigerante, uma jarra térmica, uma fechadura ou até escrever. Numa fase inicial a dor ocorre apenas num período após acordar pela manhã, porém quando a doença progride, pode haver dor no repouso e até durante a noite.
Nos casos severos, a articulação fica deformada, aparecendo como uma proeminência óssea no local, que é decorrente do escorregamento do primeiro metacarpo sobre o trapézio.
Quando isso ocorre, a deformidade limita o movimento do polegar e estreita o espaço dele com o indicador, dificultando o movimento de pinça. Para compensar, a articulação seguinte, entre o metacarpo e a falange aumenta a sua mobilidade podendo esticar mais que o normal, o que causa a deformidade em “Zig Zag” .

Artrose nas mãos

Na mão a Artrose aparece principalmente na ponta dos dedos e na base do polegar (Rizartrose). É raro ela acometer outras articulações dos dedos e, nesse caso o paciente deve ser investigado para outras doenças reumatológicas. Na ponta dos dedos (Articulação Interfangeana Distal) a artrose causa dor, engrossamento da articulação, diminuição dos movimentos e também podem ser observados cistos no dorso da articulação. Outro local frequentemente acometido pela Artrose é a base do polegar (articulação entre o trapézio e o primeiro metacarpo). O polegar é considerado o dedo mais importante da mão, pois ele é o principal responsável pelo movimento de pinça.
Enquanto as outras articulações da mão apenas dobram e esticam, a da base do polegar também tem a capacidade de fazer rotação em direção à palma da mão. Esse movimento de torção do polegar, chamado de Oponência, permite um contato entre as polpas dos dedos, facilitando pegar objetos pequenos. Para proporcionar essa maior mobilidade os ligamentos do polegar são mais frouxos que nos outros dedos, fazendo com que a cartilagem desgaste mais precocemente.

Artrose nos joelhos

A Artrose ou Desgastes dos joelhos pode ser decorrente de vários fatores como traumas, sobrepeso, mas principalmente decorrente de fatores genéticos passados de geração para geração.
Nos casos de desgaste (Artrose) iniciais utiliza-se tratamentos como reforços musculares, cuidados com peso e orientações para o dia-a-dia. São também utilizados os chamados Condroprotetores como "Diacereíma" ou as "Glicoseminas" e "Condroíticos". Esses medicamentos quando usados com acompanhamento médico e em longo prazo melhoram a lubrificação articular, a movimentação, diminuindo a dor e diminuindo a velocidade do desgaste. Nos casos em que o resultado é precário, associa-se aplicações intraarticulares do Ácido Hialurônico, que é um fator estimulantes das células precursoras de cartilagem (condrócitos). Quando não se obtem o resultado esperado é indicado o tratamento cirúrgico com a substituição do local danificado, com a cobertura de uma prótese (Prótese total ou parcial) também chamada de Artroplastia dos Joelhos com excelentes resultados.
A cartilagem articular do joelho é composta por fibras de cartilagem hialina e por células, chamadas condrócitos. Os condrócitos são as células que formam a cartilagem do joelho.
A lesão na cartilagem articular, pode acontecer por trauma direto, relativo a esportes, quedas ou micro traumas de repetição, fazendo que aconteça o desgaste da cartilagem lenta e progressivamente.
As lesões podem ser superficiais ou podem ser mais profundas chegando até o osso sub-condral.
Como a cartilagem articular é muito pouco ou quase nada irrigada, ela se nutre através de enbemissão pelo líquido sinovial, ela tem uma dificuldade muito grande em cicatrização.
Esse é o maior problema que encontramos quando pensamos em tratar uma lesão na cartilagem, como ela tem uma difícil cicatrização a regeneração dela é muito difícil.
Dependendo do tamanho e da profundidade da lesão, temos algumas indicações cirúrgicas, nas lesão até 1cm em geral faz-se micro perfurações, acima de 2cm existem várias opções de tratamento, entre elas temos a mosaicoplastia que são enxertos de cartilagem autólogos, retirados do próprio paciente, ou pode-se fazer em alguns casos de lesões maiores enxertos de cartilagem como cultura de condrócito, ou seja, é retirado um pedaço da cartilagem produzido e multiplicado em laboratório e as células chamadas de condrócitos que são os formadores de cartilagem são novamente inseridos no local da lesão para se transformem em cartilagem hialina.
Todos estes procedimentos são cirúrgicos e dependem diretamente da profundidade e extensãoda lesão.
Esses tipos de tratamentos da cartilagem não servem para caso de artrose (desgaste total da cartilagem), apenas para lesões focais ou localizadas. Existem também os condroprotetores, que tem a função de retardar ou diminuir a velocidade de desgaste da cartilagem articular, porém não existem estudos científicos comprovando que eles são formadores de tecido cartilaginoso.

Artrose na anca

Dentre as formas clínicas de artrose, destacam-se a artrose da anca e joelho por serem particularmente mais incapacitantes, já que essas são as articulações que recebem todo o peso corporal. A artrose da anca atinge 20% das pessoas com idade acima de 55 anos e, apesar de ser menos comum do que a artrose de joelho, sua sintomatologia é freqüentemente mais grave.
As funções do quadril são cruciais para a independência funcional de um indivíduo, motivo da grande repercussão da artrose sobre as alterações nessa articulação. A gravidade da artrose de quadril leva a consequências que excedem a degeneração da cartilagem, estando diretamente relacionada com dor, rigidez articular e disfunção muscular.
Por seu caráter crônico, o tratamento atual da artrose da anca detém-se em combater sua sintomatologia.
Assim, a prevenção e controle da progressão dos sintomas podem ser feitos com analgésicos, fisioterapia (analgesia e exercícios) e cirurgia de reposição articular (artroplastia de quadril). No entanto, nem todos os pacientes terão que passar pelo tratamento cirúrgico, além deste representar um alto custo pessoal e social. Assim a alternativa para a maioria dos pacientes com artrose é o tratamento conservador, que ajuda a reduzir e aliviar os sintomas, melhora a função e retarda a progressão, além de ser economicamente mais vantajoso.

Algumas dicas para pacientes com artrose

Se você já tem artrose e deseja obter bons resultados com o tratamento de sua doença, lembre-se de:
  • Tomar os medicamentos da maneira recomendada pelo seu médico especialista, nos horários e quantidades estabelecidas.
  • Nunca tome por conta própria medicamentos recitados para outras pessoas, mesmo que elas sofram da mesma doença que a sua.
  • Ao comprar um medicamento exija aquele que seu médico receitou. Não se deixe influenciar pela dita "experiência" dos balconistas. Verifique a validade dos medicamentos que vem gravada nas embalagens.
  • Procure obedecer ao plano de repouso e de exercícios físicos, assim como observar os cuidados com sua postura e atividade profissional, seguindo orientação do profissional da saúde que o acompanha.
  • Ao iniciar um plano de tratamento, tenha paciência. Os resultados favoráveis na artrose aparecem  lentamente.
  • Esforce-se para controlar o seu peso.
  • Procure orientações de seu médico sobre os efeitos colaterais dos medicamentos receitados e informe-o sempre que estiverem ocorrendo sintomas desagradáveis com o tratamento. Se estiver tomando algum outro medicamento, não esqueça de informar o médico que acompanha seu caso, para evitar complicações que podem aparecer com a associação de substâncias diferentes.
  • Evite sentar-se em sofás moles se tiver comprometimento artrósico de coluna, quadris, joelhos ou pés.
  • Sempre que possível utilize rampas em vez de escadas.
  • Não fique muito aborrecido se em determinado momento receber orientação para usar bengalas, muletas ou andador, pois pode ser de grande ajuda para diminuir seu sofrimento.
  • Faça coisas que o tornem feliz. Você se surpreenderá com os resultados que irá obter.