Informação sobre artrose, causas, sintomas e tratamento da artrose, com diagnóstico da artrose nos joelhos, mãos, coluna vertebral e anca.


Medidas não farmacológicas como tratamento da artrose

Não basta estar magro. É preciso estar forte. “Troque toucinho por músculos”. Fique o mais próximo possível do peso ideal para a sua idade, sua altura e, claro, sua auto-estima. Mas, como sempre, sem exageros.
Pratique atividades físicas regularmente. De preferência, dentro da água, como hidroterapia, hidroginástica ou natação. Não tenha receio de entrar na piscina com medo de estar contaminada.
É facílimo tratar a água da piscina, é barato e essa geralmente não é uma razão para lhe fazer desistir de uma forma de tratamento que poderá lhe ajudar bastante.
Pode caminhar, se a dor deixar, e você não gostar de água, por exemplo. Mas tente caminhar de verdade e não apenas passear. Uma caminhada normal não lhe fará perder peso, mas lhe deixará mais apta(o) para as tarefas diárias, melhorando o que chamamos de condicionamento cardio-vascular.
Outras atividades como exercícios de alongamento, pilates, musculação, bicicleta ou mesmo aulas de dança são úteis e podem ser prazerosas, mas precisam de orientação profissional.
Converse com o seu(sua) reumatologista sobre essas suas preferências e ele(ela) poderá lhe orientar profissionais de educação física e/ou fisioterapia que podem lhe ajudar.
Medidas físicas como palmilhas e joelheiras podem ajudar no seu conforto.
Não há evidências científicas definitivas de que massagens, acupuntura, “palmilhas magnéticas” ou quiropraxia (aqueles “trancos” que dão nas costas das pessoas) melhorem os sintomas de artrose. Mas há pacientes que utilizam esses recursos e dizem melhorar. Se você tiver dúvidas se vale a pena, busque um(a) reumatologista para lhe orientar.
Gelo ou calor local – não há ciência para isso. Nenhum estudo bem feito comparou adequadamente o resultado de compressas de gelo ou mornas em juntas com artrose. Podemos sugerir que você tente os dois, aplicando por 20 minutos, três vezes por dia.
Se estiver no Norte/Nordeste do país, em pleno janeiro, um calor danado, pode ser que o gelo ajude bastante. Agora, sendo no sul do país, em julho, quando está mais frio, é possível que compressas mornas sejam preferíveis.
Lembre-se: mornas, e não quentes. É para ser agradável e não para machucar ou queimar.
A pele de pessoas idosas pode estar mais frágil e calor local ou gelo excessivo podem provocar queimaduras.
Não conte para suas amigas ou amigos, mas se precisar usar uma bengala ou algo parecido, use. É só dizer que está usando uma “marcha de três pontos” e ninguém vai perceber. Muitas pessoas têm “vergonha” em usar bengala e sofrem mais dor por causa disso. Não é que você estará inválido(a) e imprestável, “no fim da linha”, como alguns pacientes às vezes nos dizem.
A insistência que seu(sua) reumatologista faz no uso desses utensílios é por que não trazem efeito colateral, melhoram sua mobilidade, auxiliam no equilíbrio reduzindo o risco de quedas e custam pouco. Se precisar, use a bengala (com o nome que quiser) e tenha mais liberdade de movimento. Ela já foi sinal de elegância há não muito tempo.