Informação sobre artrose, causas, sintomas e tratamento da artrose, com diagnóstico da artrose nos joelhos, mãos, coluna vertebral e anca.


Artrose nos pés

Como o pé tem um grande número de articulações, que sustentam todo o peso corporal, é muito comum a ocorrência de dor nos pés por artrose.
A artrose nos pés pode ser causada por vários motivos diferentes, entre eles, destacam-se a ocorrência prévia de fratura, o reumatismo, a idade avançada e as deformidades congênitas.
Os principais sintomas da artrose no pé são dor, perda do movimento e inchaço.
Existem algumas alternativas de tratamento para os casos de artrose nos pés, entre elas as principais são medicamentos especiais, fisioterapia, palmilhas sob medida e cirurgias.
As cirurgias para artrose, hoje em dia, são realizadas com técnicas menos agressivas, de recuperação mais tranqüila e rápida do que antigamente. Mesmo assim, a cirurgia é realizada quando as outras alternativas não proporcionaram alívio adequado.

Tratamento da artrose da Base do Polegar ou Rizartrose

Todos os tratamentos realizados para a rizartrose são voltados para a melhora da dor.
Isso porque a mobilidade da base do polegar é muito grande e os pacientes conseguem se adaptar a falta de movimento. Nas fases iniciais em que o paciente sente dor em alguns movimentos e em atividades específicas, está indicado o tratamento conservador (sem cirurgia). O tratamento sempre é definido fazendo uma correlação entre a quantidade de dor e incapacidade produzidas pela artrose com a gravidade do desgaste observado nas radiografias. A tentativa inicial de tratamento e o controle da dor com medidas para diminuir o processo inflamatório. O uso de gelo (10 minutos – 3 ou 4 vezes ao dia), antiinflamatórios não hormonais (AINE) e a realização de fisioterapia (Ultra-som e TENS) melhoram os sintomas sentidos pelo paciente.
Sabe-se que o processo degenerativo causado pela artrose provoca crises de dor, geralmente nos meses frios (inverno) ou após realizar um esforço físico com a mão afetada. Nessas crises está indicado o uso de uma tala removível de acrílico (órtese). Ela é feita por uma fisioterapeuta especializada e é modelada na mão do próprio paciente.
Ao contrário das talas compradas prontas, as tala de acrílico não imobilizam o punho e a ponta do polegar, deixando em repouso apenas a articulação afetada. Alguns médicos também se utilizam da infiltração intra-articular com Xilocaína e Cortisona. Tal procedimento é extremante útil, para o alívio das crises de dor. Porém deve ser realizado com cautela, não devendo ser feito de maneira repetitiva, pois age direto no tecido inflamado causando um desgaste ainda maior nos tecidos lesionados.
Como a artrose é uma doença progressiva com uma tendência a piorar com o passar do tempo, está indicado o tratamento cirúrgico para os pacientes que apresentem dor e dificuldade de realizar atividades com a mão após tentativa fracassada de tratamento sem cirurgia.
Na base do polegar já se tentou a colocação de próteses articulares, semelhantes às utilizadas no quadril e joelho, porém devido a grande mobilidade da articulação e a necessidade de força no polegar, os resultados de cirurgia com próteses ainda não são bons. A cirurgia clássica para o tratamento da Rizartrose chama-se Artroplastia de Suspensão. Nesse procedimento o osso trapézio é substituído por um tendão, que tem a função de funcionar como uma prótese. Ele vai estabilizar novamente o polegar e vai evitar o contato doloroso de osso com osso. Tal tendão é retirado do próprio polegar e o mais simples de ser utilizado se chama Abdutor Longo do Polegar. Esse músculo tem a função de abrir o polegar e o seu tendão geralmente já vem separado em três ou mais fitas. Então se retira uma dessas seo - usado em pacientes jovens com dor e instabilidade e com pouco desgaste), porém elas não são realizadas como rotina.

Sintomas da artrose nas mãos

O sintoma mais comum é a dor, localizada principalmente na porção dorsal e lateral da base do polegar. Ela piora com atividades que exijam o movimento de pinça com os dedos, como por exemplo, para abrir uma garrafa de refrigerante, uma jarra térmica, uma fechadura ou até escrever. Numa fase inicial a dor ocorre apenas num período após acordar pela manhã, porém quando a doença progride, pode haver dor no repouso e até durante a noite.
Nos casos severos, a articulação fica deformada, aparecendo como uma proeminência óssea no local, que é decorrente do escorregamento do primeiro metacarpo sobre o trapézio.
Quando isso ocorre, a deformidade limita o movimento do polegar e estreita o espaço dele com o indicador, dificultando o movimento de pinça. Para compensar, a articulação seguinte, entre o metacarpo e a falange aumenta a sua mobilidade podendo esticar mais que o normal, o que causa a deformidade em “Zig Zag” .

Artrose nas mãos

Na mão a Artrose aparece principalmente na ponta dos dedos e na base do polegar (Rizartrose). É raro ela acometer outras articulações dos dedos e, nesse caso o paciente deve ser investigado para outras doenças reumatológicas. Na ponta dos dedos (Articulação Interfangeana Distal) a artrose causa dor, engrossamento da articulação, diminuição dos movimentos e também podem ser observados cistos no dorso da articulação. Outro local frequentemente acometido pela Artrose é a base do polegar (articulação entre o trapézio e o primeiro metacarpo). O polegar é considerado o dedo mais importante da mão, pois ele é o principal responsável pelo movimento de pinça.
Enquanto as outras articulações da mão apenas dobram e esticam, a da base do polegar também tem a capacidade de fazer rotação em direção à palma da mão. Esse movimento de torção do polegar, chamado de Oponência, permite um contato entre as polpas dos dedos, facilitando pegar objetos pequenos. Para proporcionar essa maior mobilidade os ligamentos do polegar são mais frouxos que nos outros dedos, fazendo com que a cartilagem desgaste mais precocemente.

Artrose nos joelhos

A Artrose ou Desgastes dos joelhos pode ser decorrente de vários fatores como traumas, sobrepeso, mas principalmente decorrente de fatores genéticos passados de geração para geração.
Nos casos de desgaste (Artrose) iniciais utiliza-se tratamentos como reforços musculares, cuidados com peso e orientações para o dia-a-dia. São também utilizados os chamados Condroprotetores como "Diacereíma" ou as "Glicoseminas" e "Condroíticos". Esses medicamentos quando usados com acompanhamento médico e em longo prazo melhoram a lubrificação articular, a movimentação, diminuindo a dor e diminuindo a velocidade do desgaste. Nos casos em que o resultado é precário, associa-se aplicações intraarticulares do Ácido Hialurônico, que é um fator estimulantes das células precursoras de cartilagem (condrócitos). Quando não se obtem o resultado esperado é indicado o tratamento cirúrgico com a substituição do local danificado, com a cobertura de uma prótese (Prótese total ou parcial) também chamada de Artroplastia dos Joelhos com excelentes resultados.
A cartilagem articular do joelho é composta por fibras de cartilagem hialina e por células, chamadas condrócitos. Os condrócitos são as células que formam a cartilagem do joelho.
A lesão na cartilagem articular, pode acontecer por trauma direto, relativo a esportes, quedas ou micro traumas de repetição, fazendo que aconteça o desgaste da cartilagem lenta e progressivamente.
As lesões podem ser superficiais ou podem ser mais profundas chegando até o osso sub-condral.
Como a cartilagem articular é muito pouco ou quase nada irrigada, ela se nutre através de enbemissão pelo líquido sinovial, ela tem uma dificuldade muito grande em cicatrização.
Esse é o maior problema que encontramos quando pensamos em tratar uma lesão na cartilagem, como ela tem uma difícil cicatrização a regeneração dela é muito difícil.
Dependendo do tamanho e da profundidade da lesão, temos algumas indicações cirúrgicas, nas lesão até 1cm em geral faz-se micro perfurações, acima de 2cm existem várias opções de tratamento, entre elas temos a mosaicoplastia que são enxertos de cartilagem autólogos, retirados do próprio paciente, ou pode-se fazer em alguns casos de lesões maiores enxertos de cartilagem como cultura de condrócito, ou seja, é retirado um pedaço da cartilagem produzido e multiplicado em laboratório e as células chamadas de condrócitos que são os formadores de cartilagem são novamente inseridos no local da lesão para se transformem em cartilagem hialina.
Todos estes procedimentos são cirúrgicos e dependem diretamente da profundidade e extensãoda lesão.
Esses tipos de tratamentos da cartilagem não servem para caso de artrose (desgaste total da cartilagem), apenas para lesões focais ou localizadas. Existem também os condroprotetores, que tem a função de retardar ou diminuir a velocidade de desgaste da cartilagem articular, porém não existem estudos científicos comprovando que eles são formadores de tecido cartilaginoso.

Artrose na anca

Dentre as formas clínicas de artrose, destacam-se a artrose da anca e joelho por serem particularmente mais incapacitantes, já que essas são as articulações que recebem todo o peso corporal. A artrose da anca atinge 20% das pessoas com idade acima de 55 anos e, apesar de ser menos comum do que a artrose de joelho, sua sintomatologia é freqüentemente mais grave.
As funções do quadril são cruciais para a independência funcional de um indivíduo, motivo da grande repercussão da artrose sobre as alterações nessa articulação. A gravidade da artrose de quadril leva a consequências que excedem a degeneração da cartilagem, estando diretamente relacionada com dor, rigidez articular e disfunção muscular.
Por seu caráter crônico, o tratamento atual da artrose da anca detém-se em combater sua sintomatologia.
Assim, a prevenção e controle da progressão dos sintomas podem ser feitos com analgésicos, fisioterapia (analgesia e exercícios) e cirurgia de reposição articular (artroplastia de quadril). No entanto, nem todos os pacientes terão que passar pelo tratamento cirúrgico, além deste representar um alto custo pessoal e social. Assim a alternativa para a maioria dos pacientes com artrose é o tratamento conservador, que ajuda a reduzir e aliviar os sintomas, melhora a função e retarda a progressão, além de ser economicamente mais vantajoso.

Algumas dicas para pacientes com artrose

Se você já tem artrose e deseja obter bons resultados com o tratamento de sua doença, lembre-se de:
  • Tomar os medicamentos da maneira recomendada pelo seu médico especialista, nos horários e quantidades estabelecidas.
  • Nunca tome por conta própria medicamentos recitados para outras pessoas, mesmo que elas sofram da mesma doença que a sua.
  • Ao comprar um medicamento exija aquele que seu médico receitou. Não se deixe influenciar pela dita "experiência" dos balconistas. Verifique a validade dos medicamentos que vem gravada nas embalagens.
  • Procure obedecer ao plano de repouso e de exercícios físicos, assim como observar os cuidados com sua postura e atividade profissional, seguindo orientação do profissional da saúde que o acompanha.
  • Ao iniciar um plano de tratamento, tenha paciência. Os resultados favoráveis na artrose aparecem  lentamente.
  • Esforce-se para controlar o seu peso.
  • Procure orientações de seu médico sobre os efeitos colaterais dos medicamentos receitados e informe-o sempre que estiverem ocorrendo sintomas desagradáveis com o tratamento. Se estiver tomando algum outro medicamento, não esqueça de informar o médico que acompanha seu caso, para evitar complicações que podem aparecer com a associação de substâncias diferentes.
  • Evite sentar-se em sofás moles se tiver comprometimento artrósico de coluna, quadris, joelhos ou pés.
  • Sempre que possível utilize rampas em vez de escadas.
  • Não fique muito aborrecido se em determinado momento receber orientação para usar bengalas, muletas ou andador, pois pode ser de grande ajuda para diminuir seu sofrimento.
  • Faça coisas que o tornem feliz. Você se surpreenderá com os resultados que irá obter.

Informações fundamentais sobre artrose

  • A artrose é a maior causa de doença nas juntas e uma das principais causas de invalidez em pessoas acima de 60 anos de idade;
  • As juntas mais envolvidas são as da coluna, dos joelhos, mãos e quadril;
  • Não se sabe a causa e não se tem a cura, como quase em todas as doenças crônicas. Mas o tratamento pode melhorar muito a qualidade de vida das pessoas com Osteoartrite;
  • Não causa morte, mas pode causar invalidez. Boa notícia: a maioria dos pacientes com artrose convive com a doença e nunca vai precisar de cirurgia ou “ficar em cadeira de rodas”;
  • Os sintomas da artrose variam muito e o seu reumatologista pode orientar muito sobre o melhor tratamento disponível.
Lembretes:
  • A artrose é a mais comum das formas de artrite; pacientes com artrose podem ter outras artrites e doenças concomitantes e isso pode alterar o tratamento;
  • Um reumatologista pode fazer o diagnóstico e preconizar o melhor tratamento para a artrose;
  • O objetivo principal do tratamento da Osteoartrite é aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida do paciente;
  • Medidas farmacológicas e não-farmacológicas ajudam a alcançar o objetivo do tratamento.

Artrose e Exercício

O exercício é um dos melhores tratamentos para a artrose. Pode melhorar o humor e expectativas, reduzir a dor, aumentar a flexibilidade, fortalecer o coração e melhorar a circulação sanguínea, controlar o peso e promover a boa forma física em geral. A quantidade e tipo de exercício adequado ao seu caso depende das articulações envolvidas, da sua estabilidade e se já fez alguma cirurgia para substituir alguma articulação. O seu médico ou fisioterapeuta podem ajudá-lo a criar um esquema de exercício adequado ao seu caso.
É recomendado pelo menos 30 minutos de actividade física moderada, pelo menos três dias por semana.

Se tiver excesso de peso ou obesidade, tente perder algum peso através de exercício e de uma alimentação saudável. O excesso de peso exerce uma pressão adicional sobre as articulações e piora a artrose. Também existem muitas terapias complementares disponíveis para a artrose, como a terapia quiroprática (que se concentra em realinhar a coluna), a acupunctura e a massagem. No entanto, sob o ponto de vista médico, existem poucos comprovantes da eficácia destas técnicas.

Prevenção da artrose

Existem factores que favorecem o aparecimento de artroses. Portanto, é importante que:
  • a alimentação consista numa dieta balanceada e sem excessode gorduras, para evitar o sobrepeso;
  • o exercício seja sistemático e faça com que a articulação semova em toda a sua amplitude;
  • No que diz respeito à administração de medicamentos, os especialistas utilizem a menor quantidade possível de drogas (ver quanto os pacientes podem melhorar comtratamentos locais, orientados a desinflamar e acalmar a dor.).

Medidas não farmacológicas como tratamento da artrose

Não basta estar magro. É preciso estar forte. “Troque toucinho por músculos”. Fique o mais próximo possível do peso ideal para a sua idade, sua altura e, claro, sua auto-estima. Mas, como sempre, sem exageros.
Pratique atividades físicas regularmente. De preferência, dentro da água, como hidroterapia, hidroginástica ou natação. Não tenha receio de entrar na piscina com medo de estar contaminada.
É facílimo tratar a água da piscina, é barato e essa geralmente não é uma razão para lhe fazer desistir de uma forma de tratamento que poderá lhe ajudar bastante.
Pode caminhar, se a dor deixar, e você não gostar de água, por exemplo. Mas tente caminhar de verdade e não apenas passear. Uma caminhada normal não lhe fará perder peso, mas lhe deixará mais apta(o) para as tarefas diárias, melhorando o que chamamos de condicionamento cardio-vascular.
Outras atividades como exercícios de alongamento, pilates, musculação, bicicleta ou mesmo aulas de dança são úteis e podem ser prazerosas, mas precisam de orientação profissional.
Converse com o seu(sua) reumatologista sobre essas suas preferências e ele(ela) poderá lhe orientar profissionais de educação física e/ou fisioterapia que podem lhe ajudar.
Medidas físicas como palmilhas e joelheiras podem ajudar no seu conforto.
Não há evidências científicas definitivas de que massagens, acupuntura, “palmilhas magnéticas” ou quiropraxia (aqueles “trancos” que dão nas costas das pessoas) melhorem os sintomas de artrose. Mas há pacientes que utilizam esses recursos e dizem melhorar. Se você tiver dúvidas se vale a pena, busque um(a) reumatologista para lhe orientar.
Gelo ou calor local – não há ciência para isso. Nenhum estudo bem feito comparou adequadamente o resultado de compressas de gelo ou mornas em juntas com artrose. Podemos sugerir que você tente os dois, aplicando por 20 minutos, três vezes por dia.
Se estiver no Norte/Nordeste do país, em pleno janeiro, um calor danado, pode ser que o gelo ajude bastante. Agora, sendo no sul do país, em julho, quando está mais frio, é possível que compressas mornas sejam preferíveis.
Lembre-se: mornas, e não quentes. É para ser agradável e não para machucar ou queimar.
A pele de pessoas idosas pode estar mais frágil e calor local ou gelo excessivo podem provocar queimaduras.
Não conte para suas amigas ou amigos, mas se precisar usar uma bengala ou algo parecido, use. É só dizer que está usando uma “marcha de três pontos” e ninguém vai perceber. Muitas pessoas têm “vergonha” em usar bengala e sofrem mais dor por causa disso. Não é que você estará inválido(a) e imprestável, “no fim da linha”, como alguns pacientes às vezes nos dizem.
A insistência que seu(sua) reumatologista faz no uso desses utensílios é por que não trazem efeito colateral, melhoram sua mobilidade, auxiliam no equilíbrio reduzindo o risco de quedas e custam pouco. Se precisar, use a bengala (com o nome que quiser) e tenha mais liberdade de movimento. Ela já foi sinal de elegância há não muito tempo.

Cirurgia, como tratamento da artrose

A cirurgia para a artrose é necessária em poucos casos. Poderá ter de a fazer no caso de os outros tratamentos não serem eficazes, ou se uma das articulações estiver bastante danificada.
Existem vários tipos de cirurgia para a artrose. Poderá ser operado para alisar as superfícies das articulações, ou para restaurar a cartilagem (artroscopia), ou ainda para substituir toda a articulação (artroplastia) ou executar uma fusão óssea (artródese).
A artrose é efectuada mais frequentemente para substituir a anca e o joelho.
O cirurgião retira a articulação afectada e substitui-a por uma artificial, feita de plásticos especiais e metal (próteses). Se não puder fazer uma artroplastia, o cirurgião poderá sugerir uma artródese, que fusa o osso numa posição permanente. Isto significa que a articulação ficará mais forte e muito menos dolorosa, embora não a possa mais mexer.

Medicamentos no tratamento da artrose

Existe uma grande variedade de medicamentos capazes de aliviar os sintomas da artrose, o que faz com que nalguns casos, seja preciso tentar vários até se identificar o mais eficaz.
Os analgésicos simples como o paracetamol, são em muitos casos, suficientes para garantir um alivio eficaz e são geralmente bem tolerados. Os anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e o diclofenac, são muitas vezes necessários, apesar de poderem acarretar alguns riscos secundários maiores do que os analgésicos, em particular para o estômago. Ajudam a controlar a dor, a rigidez e o inchaço das articulações. Dependendo da situação, poderá ser indicada uma toma regular continuada, ou consoante for necessário. Alguns medicamentos disponíveis em Portugal, ditos de acção prolongada, como a acemetacina, têm a capacidade de manter as articulações livres de compromisso de forma mais alongada no tempo. São particularmente indicados na artrose, embora não seja ainda clara a sua capacidade de evitar a evolução da doença. Os derivados da cortisona, administrados por via geral não têm indicação na terapêutica da artrose. Contudo, a injecção (infiltração) de alguns destes produtos (efectuada exclusivamente por um médico especialista) em estruturas dolorosas na vizinhança de uma articulação, pode revelar-se extremamente eficaz na melhoria da dor e da rigidez muito incapacitantes.
Complementarmente a associação de medicação com função de condroprotecção, quer por via sistémica, como o sulfato de glucosaminana dose diária de 1,5 gramas, quer por via intrarticular (viscosuplementação), como o hialuronato de sódio na dose de uma ampola semanal, pode melhorar e até mesmo recuperar, algumas áreas de doença da cartilagem.

Tratamento da artrose

Se a artrose for ligeira ou moderada, poderá não necessitar de tratamento.
No entanto, existem vários medicamentos, tratamentos e dispositivos que podem facilitar a vida das pessoas com artrose. Muitas pessoas tomam analgésicos para a artrose. Se o paracetamol e géis analgésicos não conseguirem controlar a sua dor, o médico poderá receitar analgésicos mais fortes, como o co-codamol ou o co-didramol. Também poderá levar injecções intra-articulares, com as quais se injecta o medicamento que reduz o inchaço e a dor na articulação. O seu médico também poderá receitar compressas especiais frias ou quentes para as articulações. A estimulação eléctrica nervosa transcutânea é um tipo de fisioterapia para a artrose que alivia a dor e os sintomas. Funciona entorpecendo as pontas dos nervos da espinal medula que controlam a dor, para que deixe de a sentir.
Se tiver dificuldade em movimentar-se para efectuar as tarefas diárias, existem muitos dispositivos que podem ajudar, como calçado ou solas especiais, auxiliares de marcha e adaptadores para torneiras.
A cirurgia para a artrose é necessária em poucos casos. Poderá ter de a fazer no caso de os outros tratamentos não serem eficazes, ou se uma das articulações estiver bastante danificada.

Aplicação de calor e frio em artroses

São formas eficazes de diminuir a dor e a rigidez, ainda que temporariamente. Um banho quente pela manhã poderá melhorar significativamente o sofrimento e a rigidez matinal. Existem formas muito variadas de aplicar calor em áreas articulares dolorosas, no entanto as que recorrem a meios eléctrico-fisiátricos ou relacionados, devem ser interditas. A aplicação de frio (crioterapia), ajuda a diminuir a sensibilidade local e a reduzir a inflamação e o derrame intrarticular muitas vezes associado.

Fatores de risco para artrose

Artrose nos dedos das mãos é mais frequente em mulheres e tem grande incidência familiar, favorecendo um mecanismo genético. Artrose em articulações que recebem carga, como quadris e joelhos, são mais freqüentes em obesos o mesmo podendo acontecer com a coluna vertebral. Defeitos posturais como pernas arqueadas ou pernas em xis favorecem artrose de joelhos. Posição inadequada do fêmur em relação à bacia leva à degeneração cartilaginosa em locais específicos da articulação coxo-femural. Do mesmo modo, defeitos nos pés levarão à instalação de artrose, sendo o joanete o melhor modelo.
Entretanto, há pessoas que sofrem outro tipo de artrose no dedo grande do pé que não se relaciona com defeito postural. Doenças metabólicas como diabete e hipotireoidismo favorecem o desenvolvimento  de artrose. Outras doenças que afetam a cartilagem como artrite reumatóide, artrite infecciosa e doenças por depósitos de cristais (gota e condrocalcinose) podem apresentar-se com o mesmo tipo de lesão e são rotuladas como artrose secundária.